Tanto desconhecimento e distorção da realidade por quem é parte activamente interessada não pode ser desleixo, tem de ser táctica. Veremos agora quantos jornalistas questionam vs. copy&paste…
Já no ano passado o Tozé Brito veio com a história que, sem a cópia privada e respetiva compensação, se teria de repetir o download do iTunes (e pagar outra vez) para se ter uma cópia legal (para meter no telemóvel por exemplo). Nem no tempo em que o iTunes usava DRM a coisa funcionava assim, e actualmente pode-se repetir o download as vezes que se quiser. http://www.pcmanias.com/ai-toz-toz-como-ests-desactualizado/
Esquecem-se também que o iTunes funciona exactamente da mesma forma nos EUA e no UK, onde não há Copia Privada nem taxas! E os preços são iguais ou mais baixos!
Se só se pode pagar uma vez, é impossível dar "prejuizo" ao fazer cópias! Ponto! A questão de se poder eventualmente comprar um 2º CD para andar no carro, caso não se possa fazer uma cópia, não se põe!
Esta gente tem a mente formatada nos tempos dos LPs, cassetes e CDs. Não há volta a dar.
Não existem na música (no iTunes e demais lojas online). Deve ser aí que eles ameaçam com o regresso do DRM. Mas, mais uma vez, nos EUA e UK não há taxas e não há DRM no iTunes à mesma. É falsa dicotomia.
+Nelson Cruz Mas a SPA não é a associação dos músicos. É dos autores (olha para os associados escritores). A grande maioria das obras tem DRM e a utilização do DRM está a alastrar cada vez mais. Para "ameaçar" com o DRM, nestas circunstâncias, é preciso achar que os cidadãos são idiotas. Além disso, eles não precisam de ameaçar com o DRM. Os detentores que não colocam DRM, fazem-no porque não é benéfico para eles.
Se o problema é o iTunes que falem e processem a Apple... É o que fazem os americanos. Querem eque o estado trate do trabalho sujo por eles?! O que querem mais? Que lhes segurem no instrumento quando tiverem que urinar? Não há paciência...
É a aristocracia da velha república. Vivem dos outros com a ideia de que lhes devemos alguma coisa!
Bem se me permitem... as organizações de protecção autorial, só Portugal existem outras além da SPA... são constituidas por autores, nos comentários acima são interpretadas como sendo organizações estatais ou mafiosas... são cooperativas que naturalmente defendem os seus associados, cada um pode ou não ser representado por elas, pode representar-se a si próprio por exemplo, assim como pode ou não ter editora, distribuidora, promotora... Estas organizações só existem para esse efeito: proteger... e fazem como seria de esperar lobby perante as instancias que legislam a favor ou contra os seus interesses, nada de novo, em todos os sectores isto existe, concorde-se ou não é a sociedade actual, pagar pelo que os outros fazem é um direito e um dever, assim como receber pelo que se faz!
todos nós produzimos ou criamos algo, recebemos por isso, que tal deixar de receber seja o que for pelo nosso esforço?
Se esta legislação viola os principios básicos do direito ao consumo, ou da cidadania cabe às organizações (empresas) como a DECO ou outras similares ou a qualquer grupo de cidadãos aceite por lei apresentar a constestação perante os orgãos de representação oficiais... e propor altenativas, mas:
Sim! podemos boicotar a compra e a partilha das obras de quem não concordamos... não por ser Português, Francês, Americano, Cubano, Norte-Coreano, Islandês...
Podemos ocupar o nosso precioso tempo livre com excelentes obras não pagas, dando atenção a quem quer ceder gratuitamente a suas criações, obrigado Marco já estou a ouvir o 20ths of 2012! e estou a gostar!
O nosso grande problema como sociedade é querer ter o que o vizinho tem... o que é massificado e produzido para vender muito, o que tem que ter retorno... somos obrigados a fazer parte da sociedade dos limitados no conhecimento, os que aceitam a ditadura dos média... milhões de criativos estão por esse mundo à espera e ser ouvidos, lidos, vistos! a quem chegou aqui Obrigado pela atenção!
Rui Seabra, Não será isso uma questão a colocar sobre patentiar ou não, registar ou não o que se faz? Tudo o que inventa, deve ser pago uma única vez? quanto iria incrementar isso no custo do produto criado, desenvolvido e produzido? a massificação de venda de um produto, os lucros conseguidos reduz os prejuizos com os que não resultaram e deram prejuizo desenvolver e produzir... é uma questão económica simples...
e também se se deixar receber pelo que se produziu quem pagou uma vez é prejudicado pois pagou e os que se seguem não vão pagar... num grupo de 5. 1 compra (sempre o mesmo...) e os outros copiam... será estar á mama ad aeternum?
Aliás, é mama pela espetativa de a cada cópia receber (ou seja, trabalha-se uma vez e depois viva a sombra da bananeira enquanto pinga leite), o ad aeternum é outro problema que também devia ser resolvido.
+Pedro Galante Se me permite, o Pedro parece estar a misturar dois conceitos que eu gostava de clarificar.
"todos nós produzimos ou criamos algo, recebemos por isso, que tal deixar de receber seja o que for pelo nosso esforço?"
Ninguém é contra a remuneração pelo trabalho, quando devidamente acordada entre as partes, bem entendido. Mas o direito de autor não é a remuneração do autor. O direito de autor não é um pagamento pelo trabalho do autor, nem é um salário, como as sociedades de gestão colectiva gostam de propagar.
Veja que se o direito de autor fosse uma remuneração pelo trabalho, seria extremamente injusto porque isso significaria que o sr. Lobo Antunes receberia, por escrever um livro, exactamente o mesmo pagamento que eu receberia por clicar no ecrã do meu telemóvel e em dois segundos tirar uma fotografia.
A remuneração do autor é o que o autor recebe pela venda das suas obras ou serviços. E isto é independente do direito de autor. Repare que a Nina Paley recebeu mais pelo filme "Sita sings the blues", do qual abdicou de todos os direitos, do que teria recebido se tivesse mantido os direitos.*
O que é então o direito de autor? É um extra à remuneração dos autores, que o Estado espera que sirva de incentivo à criação de obras. O grande problema é que este "extra" colide com direitos fundamentais (o direito à privacidade, o direito à liberdade de expressão, o direito à crítica, o direito à educação, etc).
Acrescento ainda que não concordo que caiba à DECO (ou outras) ter de defender os cidadãos, como se isto fosse um problema de consumidores. Estas associações podem e devem ter uma palavra a dizer, mas não cabe a elas a defesa de direitos fundamentais. Estamos a falar de direitos fundamentais que devem ser salvaguardados pelos políticos, pois são estes que representam os cidadãos.
+Pedro Galante sim, a SPA tem como missão proteger os autores. Por vezes com coisas que até são contraproducentes, mas é essa a intenção. E sim, tem o direito de fazer lobby e pressionar os poderes políticos.
Mas os restantes cidadãos têm o direito de discordar, criticar, e fazer pressão contrária. Também não concordo que seja uma associação privada como outra qualquer, não a partir do momento em que tem, através da AGECOP, o poder de cobrar um para-imposto e dispor dos fundos angariados da forma que entender com apenas algumas limitações. Até está representada na Secção de Direitos de Autor do Concelho Nacional da Cultura, onde influencia as leis que regulam a sua própria actividade.
Parece-me ser um associação semi-estatal, com todos os benefícios, mas sem qualquer fiscalização ou dever de transparência.
E além de tudo isso ainda reclama representar todos os autores, quer sejam associados ou não. Os autores... comerciais/profissionais, bem entendido! Os outros, aqueles que tiram fotografias, escrevem, desenham, etc, sem fins comerciais/profissionais são desprezados. São uns malandros que prejudicam os verdadeiros "autores" quando compram discos rígidos, cartões de memória, etc, para guardar as suas próprias criações, e por isso devem pagar uma taxa.
Veremos agora quantos jornalistas questionam vs. copy&paste…
http://www.pcmanias.com/ai-toz-toz-como-ests-desactualizado/
Esquecem-se também que o iTunes funciona exactamente da mesma forma nos EUA e no UK, onde não há Copia Privada nem taxas! E os preços são iguais ou mais baixos!
Se só se pode pagar uma vez, é impossível dar "prejuizo" ao fazer cópias! Ponto! A questão de se poder eventualmente comprar um 2º CD para andar no carro, caso não se possa fazer uma cópia, não se põe!
Esta gente tem a mente formatada nos tempos dos LPs, cassetes e CDs. Não há volta a dar.
Para "ameaçar" com o DRM, nestas circunstâncias, é preciso achar que os cidadãos são idiotas.
Além disso, eles não precisam de ameaçar com o DRM. Os detentores que não colocam DRM, fazem-no porque não é benéfico para eles.
Que lhes segurem no instrumento quando tiverem que urinar? Não há paciência...
É a aristocracia da velha república. Vivem dos outros com a ideia de que lhes devemos alguma coisa!
todos nós produzimos ou criamos algo, recebemos por isso, que tal deixar de receber seja o que for pelo nosso esforço?
Se esta legislação viola os principios básicos do direito ao consumo, ou da cidadania cabe às organizações (empresas) como a DECO ou outras similares ou a qualquer grupo de cidadãos aceite por lei apresentar a constestação perante os orgãos de representação oficiais... e propor altenativas, mas:
Sim! podemos boicotar a compra e a partilha das obras de quem não concordamos... não por ser Português, Francês, Americano, Cubano, Norte-Coreano, Islandês...
Podemos ocupar o nosso precioso tempo livre com excelentes obras não pagas, dando atenção a quem quer ceder gratuitamente a suas criações, obrigado Marco já estou a ouvir o 20ths of 2012! e estou a gostar!
O nosso grande problema como sociedade é querer ter o que o vizinho tem... o que é massificado e produzido para vender muito, o que tem que ter retorno... somos obrigados a fazer parte da sociedade dos limitados no conhecimento, os que aceitam a ditadura dos média... milhões de criativos estão por esse mundo à espera e ser ouvidos, lidos, vistos! a quem chegou aqui Obrigado pela atenção!
e também se se deixar receber pelo que se produziu quem pagou uma vez é prejudicado pois pagou e os que se seguem não vão pagar... num grupo de 5. 1 compra (sempre o mesmo...) e os outros copiam... será estar á mama ad aeternum?
"todos nós produzimos ou criamos algo, recebemos por isso, que tal deixar de receber seja o que for pelo nosso esforço?"
Ninguém é contra a remuneração pelo trabalho, quando devidamente acordada entre as partes, bem entendido.
Mas o direito de autor não é a remuneração do autor. O direito de autor não é um pagamento pelo trabalho do autor, nem é um salário, como as sociedades de gestão colectiva gostam de propagar.
Veja que se o direito de autor fosse uma remuneração pelo trabalho, seria extremamente injusto porque isso significaria que o sr. Lobo Antunes receberia, por escrever um livro, exactamente o mesmo pagamento que eu receberia por clicar no ecrã do meu telemóvel e em dois segundos tirar uma fotografia.
A remuneração do autor é o que o autor recebe pela venda das suas obras ou serviços. E isto é independente do direito de autor. Repare que a Nina Paley recebeu mais pelo filme "Sita sings the blues", do qual abdicou de todos os direitos, do que teria recebido se tivesse mantido os direitos.*
O que é então o direito de autor? É um extra à remuneração dos autores, que o Estado espera que sirva de incentivo à criação de obras.
O grande problema é que este "extra" colide com direitos fundamentais (o direito à privacidade, o direito à liberdade de expressão, o direito à crítica, o direito à educação, etc).
Acrescento ainda que não concordo que caiba à DECO (ou outras) ter de defender os cidadãos, como se isto fosse um problema de consumidores. Estas associações podem e devem ter uma palavra a dizer, mas não cabe a elas a defesa de direitos fundamentais.
Estamos a falar de direitos fundamentais que devem ser salvaguardados pelos políticos, pois são estes que representam os cidadãos.
* http://www.sitasingstheblues.com/
Mas os restantes cidadãos têm o direito de discordar, criticar, e fazer pressão contrária. Também não concordo que seja uma associação privada como outra qualquer, não a partir do momento em que tem, através da AGECOP, o poder de cobrar um para-imposto e dispor dos fundos angariados da forma que entender com apenas algumas limitações. Até está representada na Secção de Direitos de Autor do Concelho Nacional da Cultura, onde influencia as leis que regulam a sua própria actividade.
Parece-me ser um associação semi-estatal, com todos os benefícios, mas sem qualquer fiscalização ou dever de transparência.
E além de tudo isso ainda reclama representar todos os autores, quer sejam associados ou não. Os autores... comerciais/profissionais, bem entendido! Os outros, aqueles que tiram fotografias, escrevem, desenham, etc, sem fins comerciais/profissionais são desprezados. São uns malandros que prejudicam os verdadeiros "autores" quando compram discos rígidos, cartões de memória, etc, para guardar as suas próprias criações, e por isso devem pagar uma taxa.